Cultura Maker: o que é e qual a sua importância na educação?

cultura maker

Se você é pai, responsável ou mesmo professor, terá cada vez mais chances de se deparar com cultura maker em currículos escolares. Isso porque esse novo conceito já é tendência na educação e vem conquistando cada vez mais espaço entre as escolas brasileiras. Você sabe o que é cultura maker? Neste conteúdo, você vai descobrir!

  1. O que é cultura maker
  2. Qual o objetivo da cultura maker
  3. Os 4 pilares da cultura maker
  4. Qual a importância da cultura maker na educação
  5. Como funciona a cultura maker na Educação Infantil
  6. O que é uma sala ou espaço maker
  7. Atividades maker: propostas  da Escola Sap

O que é cultura maker?

A cultura maker é uma extensão do conceito de DIY (Do It Yourself ou Faça Você Mesmo), porém voltada para soluções práticas utilizando componentes tecnológicos. 

Enquanto o DIY surgiu com o movimento punk da década de 1970 e tinha a proposta de que as pessoas colocassem a mão na massa para criar ou consertar seus próprios objetos (como peças de roupas e acessórios), a cultura maker basicamente adaptou essa ideia para o contexto tecnológico da pós-revolução digital. Os novos makers compartilham conhecimento tecnológico e criam soluções para o dia a dia, utilizando softwares, eletrônica, robótica, impressão 3D e outros. 

Qualquer pessoa pode ser um maker? Sim! Com a atual facilidade de acesso à  informação e a aparelhos tecnológicos, como computadores e celulares, praticamente qualquer um pode fazer parte da cultura maker: basta usar sua criatividade e a tecnologia disponível para resolver problemas e desafios. Se precisar de ajuda com algum software ou aparelho, não há problema em buscar orientação em blogs ou em vídeos na internet. Lembre-se: compartilhar conhecimento é fundamental para a evolução desse movimento!

Hoje, a comunidade de makers tem seus próprios eventos e feiras, como a Campus Party Brasil, a versão brasileira da Campus Party. Conhecida como a maior experiência tecnológica do mundo, reúne milhares de pessoas em um festival de inovação, criatividade, ciências e empreendedorismo.

Qual o objetivo da cultura maker?

O objetivo da cultura maker é que as pessoas utilizem a informação e a tecnologia disponíveis para desenvolver suas próprias ferramentas. A finalidade pode ser doméstica (como controlar sua televisão através do celular), social (como encontrar uma nova forma de reduzir o consumo e os gastos com água) e empreendedora (oferecendo as soluções que você criou para outras pessoas).

Os 4 pilares da cultura maker

Enquanto movimento tecnológico, há 4 pilares principais que orientam a atividade de qualquer adepto da cultura maker:

  1. Criatividade

A cultura maker surgiu da criatividade para resolver problemas do dia a dia através da experimentação tecnológica. Para ser maker, é preciso pensar fora da caixa, inovar na utilização de ferramentas. Sem criatividade, não existe cultura maker.

  1. Colaboração

Fundamental para a cultura maker, a colaboração está presente na troca de conhecimentos, nas diferentes perspectivas que as pessoas podem apresentar sobre um problema e no intercâmbio de ideias voltadas para soluções. Ao colaborar, somamos nossa própria capacidade com a dos outros e ficamos mais próximos de superar obstáculos.

  1. Escalabilidade

A partir da criatividade e da colaboração, os makers encontram soluções com potencial de escalabilidade, ou seja, possíveis de serem reproduzidas em escala e utilizadas pelas demais pessoas. Se você criar uma nova ferramenta de custo acessível e compartilhar como produzi-la, a escala que atingirá só depende do quão útil for.

  1. Sustentabilidade

Assim como no movimento DIY (Do It Yourself), a ideia de reparar e reutilizar objetos também faz parte da cultura maker. O objetivo é adotar novos hábitos de consumo, reduzindo o impacto ambiental e sendo o mais eficiente possível com os utensílios que possuímos. Por isso, os makers costumam utilizar sobras de aparelhos nos seus novos projetos, dando uma nova utilidade para as peças e evitando o desperdício.   

Qual a importância da cultura maker na educação?

Ninguém gosta de ser obrigado a aprender assuntos que parecem sem sentido. Entretanto, quando o aprendizado parte de situações reais e práticas, os alunos conseguem enxergar como utilizarão o conteúdo em sua própria vida e o porquê é importante, o que gera maior interesse e um melhor aprendizado. Sendo assim, a cultura maker é importante na educação, porque:

  • une o desenvolvimento do conhecimento à resolução de desafios práticos, em vez de partir de questões abstratas ou muito distantes da realidade dos alunos.
  • orienta o estudante na boa utilização da tecnologia. 
  • desenvolve a capacidade de pesquisa.
  • incentiva a cooperação entre colegas.

Todas as habilidades trabalhadas na cultura maker são fundamentais para qualquer pessoa que deseja ter sucesso no século XXI. Por isso, esse movimento tem sido cada vez mais adotado nos currículos escolares atuais.

Aqui, nós também contamos com essa metodologia! Quer saber como funciona a cultura maker na SAP?

Como funciona a cultura maker no Ensino Fundamental?

As práticas da cultura maker podem ser aplicadas a qualquer etapa da educação escolar, porém, quanto mais cedo começarem, melhor para os alunos! Ao iniciá-las já no Fundamental, os jovens makers se habituam desde cedo à utilização criativa e prática da tecnologia, além de desenvolverem o trabalho em equipe e aprenderem como aplicar a sustentabilidade no dia a dia.

Na primeira fase do Fundamental (2º ao 5ºano), a cultura maker costuma engajar as crianças na construção de jogos e ferramentas lúdicas, objetos de extremo interesse nessa fase escolar. Assim, todos os alunos aprendem com assuntos que fazem sentido para eles.

A segurança é outro fator imprescindível quando falamos sobre cultura maker na escola, principalmente com os pequenos. Assim como as práticas e os objetos a serem criados são adaptados para as crianças e jovens, as ferramentas utilizadas e o espaço de trabalho também precisam ser adequados para garantir a segurança de todos. Por isso, cada vez mais escolas possuem uma sala ou espaço maker.

O que é uma sala ou espaço maker? 

Seja nas escolas ou em casa, o ideal é que os makers tenham um espaço específico onde possam desenvolver seus projetos tecnológicos com segurança e praticidade. 

Uma sala, espaço ou laboratório maker é o lugar que conta com as ferramentas necessárias para se usar a criatividade, colocar a mão na massa e construir projetos aliados à tecnologia. Geralmente, é equipada com bancadas de trabalho e deve ser bem iluminada, além de possuir equipamentos como:

  •  óculos de proteção;
  •  tomadas;
  •  diferentes fontes de energia elétrica;
  •  peças mecânicas (como parafusos e porcas); e
  •  outras ferramentas. 

     

Atividades maker: propostas da Escola SAP

ROBÓTICA

A construção de robôs é um grande destaque na cultura maker, contando com diversas competições de design e até de combate. Em um primeiro contato, essa atividade pode parecer difícil, mas, com os equipamentos certos e a orientação de um professor, os alunos conseguem produzir desde robôs simples até alguns mais elaborados. Este ano, os alunos da 1ª série do Ensino Médio, construíram um drone e ficaram bastante envolvidos com o projeto.

LABORATÓRIO MULTIMÍDIA

O LabMultimídia da Escola SAP conjuga multimídia e espaço de produção. É nesse laboratório que acontecem as aulas de Arte Digital, Programação, Automação, Comunicação na Cybercultura e Projeto Criativo dos ensinos Fundamental II e Médio.

Lá, os estudantes podem viver diversas experiências de fabricação digital, encontrando um espaço de aprendizagem para desenvolver habilidades como: empreendedorismo, curiosidade e, principalmente, criatividade.

Além de computadores com configuração especial, o LabMaker já possui uma impressora 3D para a criação de objetos físicos a partir da modelagem digital e de uma cortadora/marcadora a laser, que possibilita o desenvolvimento de peças complexas.

O corte é controlado via CNC (Comando numérico computacional), o que permite um controle minucioso do corte, com até décimos de milímetro de precisão‚ sem arranhões e sem danificar a superfície de peças de acrílico‚ alumínio‚ EVA, madeira, tecido, entre outros.

Em breve, novas máquinas de produção chegarão a esse espaço, porque a Escola SAP está sempre de olho nas tecnologias emergentes.

ARTE DIGITAL

Cinema, animação e fotografia são os eixos que norteiam a disciplina de Arte Digital do Ensino Fundamental II da SAP, uma novidade que busca expandir as experiências artísticas dentro da escola.

Nesse universo inédito a ser explorado pelos alunos, vamos imergir em curiosidades e pontos determinantes da linha do tempo da história da arte que nos conduziram até os meios de produção digital atuais.

Você sabia que o protocinema é datado do tempo das cavernas e que os efeitos especiais que temos hoje muito se devem a um certo mágico que resolveu levar a mágica para o cinema?

Nessa disciplina, os alunos dão vida às suas criações através da animação. Estudam a fotografia analógica e seus métodos divertidos e inusitados de revelação artesanal e experimentam a produção audiovisual como um canal de expressão pessoal.

EDTEC – PROGRAMAÇÃO NO 8º ANO

As aulas de EDTEC do 8º ano têm, como foco do seu currículo, a Programação Digital. Ao longo do 1º trimestre, os alunos foram desafiados a desenvolver pequenos jogos virtuais no Scratch.

Durante os jogos, os alunos respondiam a um formulário, descrevendo sobre a sua experiência e sugerindo melhorias. Além de muito aprendizado, os alunos se divertiram muito!

Após finalizados os jogos, a turma do 4º ano foi convidada ao Laboratório Multimídia para avaliar o trabalho dos mais velhos.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco, será um prazer falar com você 🙂

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